sexta-feira, 24 de junho de 2011

Médio?

    Passei esta manhã lendo e relendo um texto sobre Manuel Bandeira, cheguei à triste conclusão de que nasci na época errada. Na semana de Arte Moderna, de 22, durante a leitura do poema “Os sapos” ,do autor citado acima, houve reação. tudo bem que esta “contrapartida” era contrária àquilo, àquele pensamento, àquela forma, àquela nova arte, mas houve reação! O mais lindo disso é que o texto é todo trabalhado em irônia. Entra aqui a questão da plurissignificação. As pessoas conseguiram compreender, isso aconteceria hoje? Posso concordar ou não com a postura escolhida pelos ouvintes enquanto Ronald de Carvalho lia o poema, mas me orgulho daquela parte da humanidade simplesmente por estar ali e por conseguir compreender (em massa)  o implícito naquela obra.  Às vezes tenho a impressão de que as pessoas dos séculos passados pensavam mais, reagiam mais, criavam mais, escreviam mais, entendiam as irnonias e as sátiras dos escritores à época e liam muito além do atual. Hoje as pessoas têm dificuldade de ler o jornal "O Globo". Mereço ter nascido nessa fase da humanidade? E quantos leem o "JB"? E o "Meia hora"? (R's.,só rindo) ? Admiro a percepção, acho linda a capacidade que Deus deu ao ser humano de compreeder, mas fico com a forte impressão de que alguns não sabem que são providos disso, dessa capacidade. Acho horripilante o fato de alguém ter acesso ao conhecimento, à cultura , à leitura, à compreensão e mesmo assim escolher não fazer. Aceito que todos temos o direito de fazermos o que quisermos de nossas vidas, vivemos num país “democrático” (destaque às aspas antes e depois da palavra), e baseado nisto tenho o direito de achar horrível e criticar o quanto eu quiser. Fico com o pensamento de que “os verdadeiros analfabetos são aqueles que aprenderam a ler e não leem”. Os verdadeiros desorientados são aqueles que têm o direito ao pensamento e e não pensam. Pão e água não é o suficente. Minha geração “está comungando com a barata” e eu tenho que observar isso enquanto vejo “emergir o monstro na lagoa”.  Não quero fazer parte da grama que só serve para deixar o jardim verde, não aceito ser pobre, pequeno e medíocre se posso mais. Minha esperança? A educação. Acho mediocridade um termo carinhoso , se tratando de alguns.

Segue o link com o poema, gente.

http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/sapos.htm

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